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25.10.10

Viagens de comboio

De vez em quando a nossa atenção volta aos Caminhos-de-ferro. Talvez seja por termos, na nossa vila, uma ponte (ex libris de Vouzela) sem comboio e uma automotora para sempre parada a meio da viagem... Andar de comboio passa a ser um acontecimento especial, cheio de barulhos próprios, cheiros metálicos, aquele balanço-dança que apela à divagação ou à sesta, filmes de árvores-prados-ruínas-quintais-casas a passar continuamente na janela. Este fim-de-semana foi feito de viagens em transportes públicos e, em particular, em comboios. E não posso deixar de contar como os funcionários dos Caminhos-de-ferro que encontrei foram prestáveis e simpáticos. Um deles, na estação de Santa Apolónia, onde fui parar por engano, poupou-me a despesas extra e reencaminhou-me prontamente para outro comboio, de modo a apanhar a ligação correcta (ok, vê-se que sou inexperiente nisto!). O outro funcionário, revisor do comboio regional entre Torres Vedras e Coimbra, lembrou todos os passageiros, um por um, do facto de terem que mudar de comboio, ao chegar à (estação) Bifurcação de Lares. Obrigada por tornarem as viagens mais fáceis! Não há máquinas que substituam a simpatia! E pela janela descobri este Mosteiro de Santa Maria de Seiça, em tempos pertencente à Ordem de Cister, actualmente "desprovido de utilização" (e dignidade...). Já foi também fábrica de descasque de arroz (!!!)

6 comentários:

  1. Um óptimo meio de transporte, inexplicavelmente ignorado.

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  2. Olá viajante...
    Encontramo-nos este fim de semana...depois de outra viagem... eu também gosto de comboios...
    ... e se calhar tens razão em relação aos vouzelenses/comboios/ponte... afinal, a maior diversão há 50 anos atrás, em Vouzela, era ir ver chegar o comboio... (acho eu, porque nessa altura ainda eu era pequenina....)

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  3. Clarinha: Olha que não é bem isso que rezam as crónicas... :))

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  4. Pois se calhar não... mas tenho ideia de ter ouvido os mais antigos dizerem que era um passeio de domingo, com a família - ir até à estação esperar pelo comboio, sem terem intenção de embarcarem... só para ver as gentes e conversar alguns minutos enquanto o comboio estava parado... é provável que não fosse bem assim... se alguém sabe da vida de Vouzela, passada e actual, será o Zé Bonito, não a Clarinha...

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  5. Não sei o que rezam as crónicas do Zé Bonito... mas a minha avó conta o mesmo que a Clarinha! :-)

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  6. Como em todas as épocas, a vida social de Vouzela dependia de vários factores (grupo social, sexo, etc., etc., etc.). No entanto, uma coisa é certa: os hábitos de convivência, de rua, de frequência de cafés (tascas e afins) eram, "há 50 anos", talvez maiores dos que os de hoje. Basta ver a diversidade de oferta que existia e comparar. A avó, conta isso. Mas, se calhar, o avó... já tinha mais que contar. :))

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